Minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio. Clarice Lispector.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Revelações

Há algum tempo tenho além da fibromialgia , porém acredito que devido  á ela, sofrido dos tais ataques de panico, nunca havia falado sobre isso, o controle absurdo que  temos que ter  é extratamente cansativo, ao ouvir meu professor em sua boa aula de behaviorismo falando de um caso especifico sobre ataque de panico fiquei meio arredia , mas concentrada escutando, e pensando porque nunca contei isso á ninguém a não ser para os médicos, alguns, porque ja passei por tantos que ja perdi a conta, foram tantos tratamentos e ainda faço tantos, sempre em busca de um alivio dessas dores cronicas e desses sintomas horríveis que tenho sem alivio nenhum, são 9 anos e meio sem saber o que não é sentir dor ou determinadas coisas, são anos  que se passam e  mais coisas vão aparecendo, a luta comigo mesma é de gigantes. as vezes me sinto tão baixinha que me canso e me entrego, sinto saudades de quem eu era quando tinha meus 15 anos, em relação a saúde porque em questão de me expressar era zero, a minha fala era nula. hoje mesmo com tantas coisas que ja levaram pessoas ao suicídio e a depressão, luto todos os dias e a cada segundo procurando sempre ser alguém, nesses anos em que fiquei parada em um lugar distante dos amigos  minha saúde me deixou parada e meus sonhos tbm. voltei a sonhar em 2012 e comecei a tão sonhada psicologia, um curso que me suga ,  que luto comigo pra cada dia enfrentar uma aula em uma faculdade tão puxada que as  vezes em momentos de crise penso que nao vou conseguir mais, ja perdi tanto com essa doença ingrata que 2% da população mundial tem, e que é tão julgada e deixada pra trás, foram tantos obstáculos e ainda temos muitos. uma doença que nao se ve mas se sente, uma doença física e que se não apoiada com suporte emocional  o fim da luta é esperado como infelizmente acontece. as vezes me canso de ouvir as pessoas dizerem mas vc tem que fazer isso e isso, mas nao sabem a luta que tenho em busca de tratamentos mesmo sabendo que nao tem cura, as pessoas não sabem o que é uma crise em que seus pais olham pra vc em estado de desespero e nao podem fazer nada e vc se sente a pior pessoa e mais inútil que existe na terra.  mais do que isso existe uma fé extrema, uma força de vontade por trás dos olhos tristes que teimam em dizer que tenho.
não me considero triste. apenas cansada disso tudo.
dizem que até os super herois se cansam.
porque eu não posso?
a música é a minha terapia dentre outras.
a fotografia me move, as vezes não posso me dedicar a ela, porque fisicamente não estou bem, mas ela me conduz junto com a musica e a psicologia um dia, me trará por completo um equilibrio.
o Direito que fiz aos 17 anos que meu pai queria nao funcionou, a vida é uma roda gigante e hoje quase aos 30 anos faço o que sempre almejei, com muita dificuldade e enfrentando a saude que me suga, mas um dia eu chego lá; acho que por hoje chega de revelações chatas. bi murer

domingo, 10 de fevereiro de 2013

A diversão do azul

trindade RJ
Tentei me divertir mas olhar os sorrisos é melhor do que a minha expressão inexistente de felicidade, eu tento por muitas vezes manter o sorriso.; mesmo ele não refletindo a tristeza por dentro.
há tempos vivo com as dores
há tempos vico com saudades diferentes
mas mesmo assim vejo os barcos azuis indo pelo mar azul e tentando buscar a vida para sobreviverem em um mundo que na maioria das vezes não compreendemos absolutamente nada. fabiana murer.