Meu grito cala a minha voz, meu silencio faz eco nas palavras que não disse. Meus dedos começam a travar.
Só então percebo
que não há em mim em alguns momentos nem voz, nem grito, nem mão, não há o
silencio e também não existe a agitação que deveria de existir pra me acordar
do sono que não conheço, do sonho que realmente não consegue ser real. Eu
simplesmente não existo por horas. E quando menos espero começo a surgir em
forma de pensamentos, que me alimentam pra então criar a minha fisionomia
novamente. Não sou eu que existo, eu vivo eu fico inerte, mas não consigo
controlar meu coração, porque esse nunca deixou de existir. Ele sempre existiu,
mas em mim ele morreu por alguns anos, mas ele renasce, porque eu estou viva!
Fabiana Murer!
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