Começar a escrever qualquer coisa já é responsabilidade minha nesse blog, ás vezes eu penso antes de escrever , acho que hoje é um dos dias que penso antes de escrever e depois talvez eu me deixe levar pelas palavras que saem dos meus dedos que doem e que gritam por mim o que minha boca e voz não grita, silencia. Estou cansada, com os olhos pesados, mas ainda assim resolvi escrever nesse lugarzinho virtual que está minha vida estampada, se algum detalhe foi mantido em sigilo é porque ainda não fiz questão ou não saiu dos meus dedos e coração ainda pra ser escrito aqui. quando eu estou sozinha na maioria do tempo isso acontece , penso em muitas possibilidades que não realizei, depois penso que se não realizei não era pra ser, mas nem tudo não era pra ser,ás vezes alguém ou algo interfere no rumo das nossas vidas e o que era pra ter sido de um jeito foi feito de outro ou simplesmente não feito. nunca fui alguém de viver sob expectativas, isso não significa que eu não seja ambiciosa, tenho pequenos sonhos sim , mas são simples, mas não fico pensando se vai ou não dar certo, talvez por ter tido decepções de diferentes formas, pode ser também. tive dois amores, alguns beijos que significaram, hoje não sinto nada, alias há muito tempo não sinto nada. minha vida há muitos anos gira em torno de luta contra uma doença ingrata sem cura e incompreendida chamada Fibromialgia, Até hoje mesmo nos dias e noites deitada em um quarto vazio não me deixei levar, mas me permito há algum tempo a ceder pra mim mesma a atitude de reclamar de gritar, o silencio de não falar das dores á cada segundo me machucava demais, hoje mudei um pouco, me segurei muito para não chamar a atenção com chingos muitas pessoas ignorantes, me segurei muito e ainda me seguro pra ir e vir. é difícil dar um passo mas eu estou indo. sair de casa pra mim já uma aventura, subir uma escada é correr uma maratona, subir as rampas da faculdade de psicologia que esperei 10 anos pra fazer é uma maratona, voltar da faculdade pra casa e sentir todo o desgaste físico e mental é a maratona que eu enfrento, todos que tem dor e tem uma tem o que pode suportar, nenhuma dor é comparativa, ás vezes uma leve dor de cabeça pode ser o fim do mundo pra alguém mas essa pessoa não suporta essa dor, então não eu fico sim ainda chateada com preconceitos seja com doenças com qualquer coisa que ofenda. o que eu tenho não me faz sentir falta de muitas coisas, sinto saudades de quando eu não sentia dor mesmo quando tinha leves problemas quando era criança, hoje com 29 anos e pessoas olham e ainda falam que não apreço ter 29 anos, eu não me vejo assim, acho que por sempre me sentir cansada e nunca ter sido alguém que se destacasse, desenvolvi isso, não me sinto mal por isso. sempre fui assim, acho que sempre fui mais séria ou tive mais idade mesmo quando tinha meus 12 anos.

Minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio. Clarice Lispector.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Olhos cansados
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