Minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio. Clarice Lispector.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Recovery - entre nuvens frias escrevi.

E ai eu convivo e percebo que realmente não devo ter me divertido como deveria aos 15 ou 17 anos ou 18, 19, ... e o resto dos anos o diagnóstico que mudou minha vida, que me fez ficar mais fraca mas de alguma forma mais forte porque ainda enfrento o que me acarretou, foram tantos tratamentos e nada, foram tantas clinicas, foram tantas tentativas de recuperar muitas coisas, uma saudade de um lugar que pode ser dito como acabado, abandonado, mas que construí amizades, que nos anos que fiquei longe mas dava algum jeito encarando o q tinha e a situação vinha mas o vínculo já tinha mudado muito , hoje ainda mais, alguns seguiram caminhos que dificilmente os vejo, os vi, mas os assuntos não se relacionam, nas tentativas de ver o que eu perdi não me encontrei ali, talvez eu seja de algum ano talvez 1932, vai lá saber, ou talvez eu seja de 3000. Ainda luto comigo, tento, me faz falta não escrever usando uma caneta, escrevendo nos blocos que tenho, já que a minha caligrafia se perdeu por causa do parkinsonismo,uma das muitas coisas que veio com a fibromialgia... Ainda leio o que antes lia por prazer e sabia decorado, e hoje dificilmente decoro algo, nem número de celular e qualquer número, porque também tem a deficiência cognitiva e tudo não está estampada nessa cara que dizem que parece não ser de 30 anos já  que será 31. Ainda não consigo olhar no espelho e ver elogios que me fazem raramente, um dia talvez eu veja isso. Conheci pessoas novas e mais novas do que eu. Recebi tanta atenção que estranhei, já que não sabia o que era me perguntarem se eu precisava de ajuda, se eu estava bem. Receber ligação pra perguntar se melhorei deixarem cidades 3 horas daqui e vir me ver e passar o dia e a noite, mesmo que estudando, mas conversando e só de ouvir, senti algumas saudades, da única pessoa que quando estive em outro lugar por anos me fez ser mais humana, mas sensitiva, e aprendi muito a conhecer uma Fabiana que não fazia ideia de que existia, foram dois anos complexos, realizadores e surpreendentes, ainda está sendo porque o ano apenas acaba simbolicamente devido a datas e celebrações e feriados, pra mim não muda muito, tira um pouco da tensão de dar conta de um sonho difícil, mas que estou caminhando para a realização dele com pessoa surpreendentemente pra mim que estava acostumada a aceitar brincadeiras com meus problemas de saúde e com rótulos de que frescura é o que tenho, de que o exagero é meu. Mas isso já não afeta, o que talvez me afeta é saber que eu esperava mais de amizades de anos, esperava e ainda espero dessa pessoa que era a única aonde fiquei por tantos anos um sinal de que vive, mas a escolha não foi minha, ainda tento, mas um tipo de desistência toma conta ultimamente e não queria sentir isso, talvez não seja isso mesmo, pode ser que eu tenha tomado consciência enfim de que o que pude fazer já fiz, já não depende de mim. Eu estou sendo, eu não fui eu sou se serei ai deixa pra lá, porque eu estou aqui ainda. é melhor ter perspectiva do que expectativa, a perspectiva te conduz, a expectativa te trava e não te faz bem, e pode vir decepções como realizações, por isso tenha perspectiva apenas, isso é o que te move alem de tantos sentidos que eu tenho que vc tem e que temos. Ainda preciso acreditar mais em mim, acho que acredito, talvez ser realista demais me atrapalhe, mas é tanta coisa, ás vezes quero acreditar que não ligo pra algumas coisas que considero sem importância e pode ser que sejam sim importantes, mas como ver isso, se ainda tem atitudes que me remetem a adolescência de tiração de sarro, a rótulos, pode não me incomodar, mas talvez me faça pensar ainda que eu realmente sou o que falavam e o que os olhos da maioria dizem, quando surge algo que é positivo quanto a imagem eu não acredito e acho graça. Um dia isso melhora, não sei. o que eu sei é que aprendi a rever ainda mais quem é quem, que sou eu ainda continuo vendo, aprendi que se for pra ser quem não sou pra receber algum tipo de elogio, então não os receberei, o que não seria nada que eu já não esteja acostumada, isso seria um problema pra quem só fica bem se for elogiado ou elogiada pela aparência, por ser tão igual , eu realmente não consigo ser o que não sou, se isso define algum elogio, então não os receberei pessoalmente. São conceitos que não entendo e entendo ao mesmo tempo, entendo que é um pensamento fechado e não entendo o porquê que isso ainda persiste e a originalidade e a liberdade de ser e fazer o que realmente sente e gosta continua a ser considerado ou engraçado ou motivo de riso ou algo do tipo, ainda não entendo nesse tempo que ainda a maioria das pessoas são levadas, elas não vão, são levadas, isso é ruim, mas quem sou eu pra mudar que sabe o que é o que gosta e não faz por medo ou porque pensam no que falam e não no que eles mesmos sentem. É o ser humano se complica. 
representação do ser








Acho que me estendi demais por aqui achando que estava no meu livro blog. Mas já escrevi. Bom voltarei a sentir nuvens frias e dores quentes, e ouvir o som que pode me acalmar. Blues talvez. Fabiana MURER.
real me

domingo, 10 de novembro de 2013

conseguir dizer...

Conseguir dizer é difícil
até  aonde eu achava que sabia de alguma coisa
hoje já não sei mais nada
fique aqui
vai embora não
ou então vai..
é eu sei vc foi
eu também
talvez eu ainda esteja lá e aqui
talvez os dois lugares nesse contexto seja o mesmo
que tempo?
mais?
quer o que?
rir da minha risada?
mas agora ela está estagnada em uma foto, apenas.
distante é tempo demais
talvez a lágrima que de vez em quando sempre cai
seja a resposta do sorriso em falta
rir nunca foi tão triste e ser triste nunca foi tão feliz
estar assim, ser assim e ainda não saber o que consigo fazer
é exatamente o tremor da mão direita que ainda tenho
conseguir dizer é tão fácil
porque?
porque eu estou mentindo entre as dores da história da minha vida
que ainda segue , que ainda vivo, luto, tento
se eu penso em mim?
talvez sim, talvez não?
acho que determinadas dores são belas
outras são horríveis ;
eu consegui dizer em silencio o que um dia disse olhando
mas o olhar nem sempre fala
o meu calou-se em alguns momentos
talvez por estar ouvindo relatos de  outras coisas
e eu não estava nesses contos que de contos não tem nada
porque eram verdades. e contos são mentiras
talvez o que achei que tivesse fosse um conto
interpretado tão bem que me parece real até hoje
e ainda não consigo colocar um THE END,
Fabiana Murer.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

pois é!

pois é.






 Faz tempo que a comunicação entre nós simplesmente não existe, sinto falta, mas acho que talvez isso me afete mais do que á vc, que espero mesmo que esteja feliz desde que vim embora e vc ja estava com sua decisão tomada, porque as circunstancias pediam algo pra que sua vida fosse melhor e vc fosse feliz, não pude ser essa felicidade, mas tivemos momentos felizes que me fazem falta. fui embira tbm, e quando ja estava no caminho mesmo sem ter me despedido porque vc não apareceu pois tinha algo pra fazer , vc não acreditou que tive a coragem de vir embora e seguir um sonho que nem mesmo eu sabia que ria conseguir, mas ai eu ja estava na metade do caminho e isso te feriu mas vc demonstrou um tipo de indiferença forçada e não entendi até hoje porque, talvez vc achasse que eu ainda ficaria ali, parada esperando o nada acontecer enquanto vc tomava a decisão que eu ouvia sempre por mais difícil que fosse ouvir, fui o que representa uma amizade além do que amizade existentes hj em dia, enfim a falta de saber o que acontece, não da sua vida, mas saber se vc está bem, me faz mal, queria ter acesso a alguma informação, mas passou o tempo e cada vez mais foram diminuindo os contatos que tinham fiscalizações, me parecia pelo menos, ainda tento entender o porque de tanta desconfiança mesmo estando a kms de distância. sinto falta da boa risada e do que falava, do que tinha pra falar, gostava de ouvir e tentar ajudar e entender, talvez isso já não seja mais necessário e o meu papel tenha sido um papel em uma peça com longa duração porém com um determinado fim sem ter fim, mas tem, é o que parece, o elo sempre vai existir, não é algo que eu consiga apagar, cortar , talvez vc tenha tido mais facilidade devido a sua vida estar do jeito que tanto queria, isso me faz feliz, porque o que mais queria era saber que das lágrimas e dos sorrisos , tinham lágrimas e aflições embutidas e que um dia se transformassem em sorrisos felizes realmente, demos nossas risadas e eram sonoramente boas de ouvir e sentir o efeito delas tbm, a sua Cia durante o tempo em que tivemos nossa ligação foi de extrema importância emocional e de resgate de uma Fabiana que eu achei que não existia mais, talvez por isso eu ainda me sinta tão ligada á vc e preciso saber algo e alguma notícia que me faça saber que está bem. Saudades sempre. bi murer :// ^^

Fibromialgia.

http://reumatoguia.com.br/interna.php?id=1595&cat=92&menu=2692

um pouco mais sobre a fibromialgia!
ainda convivo com vc, mas tento te superar por mais difícil que seja e por menos que olhando pra mim a realidade não seja vista, mas sei quem sabe, e conheci tantas pessoas do Brasil e fora dele, com as mesmas coisas, milhões aqui, e milhões pelo mundo. lutadores. bi murer



domingo, 3 de novembro de 2013

A tarefa do Ser!


Ainda não tive tempo de arrumar os posts nos quais as imagens estão faltando devido a uma invasão que ocorreu no blog, mas arrumarei com o tempo, espero que os visitantes que sempre estão por aqui possam continuar lendo as coisas que pra mim tem algo, ou nem sempre, mas que de alguma forma se identificam com algo, me deixa feliz, saber que o que escrevo não fica no vazio da rede.
Depois de um certo tempo sem escrever, nem sei o que ao certo colocar em palavras, só que muita coisa mudou e muita coisa ao mesmo tempo continua do mesmo jeito.
Existem pessoas novas que fazem parte da minha vida e não digo rotina, porque rotina pra mim não é uma boa palavra definida, acho que nada que é muito definido é bom, no sentido de padronização, também quem não acha isso, é da percepção e sentimento de cada um.
Talvez a ideia de que tudo precisa  ter um nome, uma definição fique limitado a ser tantas outras coisas. pode ser uma percepção passageira mas por enquanto e muito tempo está sendo a minha perante ou diante várias coisas, situações ou pessoas.
Ainda com aquelas dores que simplesmente não vão embora, tenho encontrado força, em uma fé pequena que me leva aonde tenho que ir, que me faz entender o tanto que consigo pra seguir com o que faço ou tento fazer. não é porque me limita que vou morrer, não é porque me falta palavras e memória que vou morrer, não é por muitos sintomas que vou morrer, eu estou sendo, estou vivendo, estou no presente e não cabe a mim viver passado e futuro já não os conheço, o passado está frio, me lembro pouco, me afeta pouco, o futuro não quero saber dele, não de uma maneira  precária, não é isso, simplesmente eu não vivo lá. vivo aqui. e acho que estou mais ou menos bem. algumas pessoas se mantém distantes e com certeza acham que eu que estou distante, mas já cansei de justificar o que não preciso, sempre estive aqui , e quando não estava fazia de tudo pra estar aqui, mas parece que a volta permanente não agradou muito, ou não sei dizer, se eu me abalar com isso, acho que não seria justo comigo nem com ninguém, parece que estou cansada de sempre ter que explicar uma culpa que não me cabe. e por outro lado  pessoas que se fazem presente, por mais ocupação que tem, aparece, perguntam, e um apenas como você está. melhorou? é tão diferente, acho que me acostumei a não ter isso que hoje quando me falam essas coisas acho estranho. é diferente, as pessoas são diferentes, ainda bem, mas existem os mesmos, as mesmas, os iguais e padrões. acho que mudei pouco, por causa do necessário, mas também permanece em mim a essência de ser quem sou
bi murer

sábado, 2 de novembro de 2013

maybe.

Talvez , ou sim, ou pra sempre, quem sabe? espero que seja sincero, que haja mudança, porque chega uma hora em que mudamos algumas atitudes, não mudamos como somos em nossa essência, muda-se algo que não te fazia ir pra frente, ou que ja estava atrapalhando, e encarar a realidade dói, mas é necessário pra crescermos como pessoa, entender quem somos, e o que queremos. chega uma hora em que pessoas que giram  dentro de uma bola gigante e sempre está no mesmo lugar, falando e com aquela mágoa ainda fincada, seja por amigo, parente, pai, mãe, filho, tem que deixar sair, ser livre de mágoa de culpa, e saber que a vida é hoje e amanhã , ah quem sabe dele não é? nós que não. simplesmente tento ver que por mais que observando o inicio de um acontecimento, a maioria parece tudo igual, tudo certo, mas é verdade? estão sendo sinceros., sinceras? ambos, ou ambas? se estão que caminhem e os passos sejam leves.
bi murer

duas pessoas.

e o  puffs, ainda dorme?

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

pontos de uma vida no Plural.

expressar , talvez os olhos...
Saudades de não sentir dor, de não ter que ir a hospital, ou tratamentos, remédios, livros, memória ruim, não ter o mesmo tempo que muitos tem em entender algo que se fosse ha anos atrás não seria tão difícil meu tempo nem é mais o mesmo, meu entendimento também não  saudades e já me esqueci de como é não sentir dores, ou crises , ter que fazer o que tem q ser feito, colocar um sorriso no rosto, tentar cumprir com o que se deve e voltar pra realidade que tenho direito em me sentir cansada, cansada de tantos sintomas agindo juntos e um receio constante de que não vou conseguir , mas eu sei que existe uma fé em mim e com ela caminho, ás vezes penso que não tenho, mas eu sei que ela existe. Por enquanto ainda repetitiva no que escrevo por aqui, dores, idas e vindas e a vontade de dormir e se conseguir acordar com a sensação de descanso. Sinto falta dessas penas coisas. Outras decepções já não falo mais afinal se falasse provavelmente se fosse colocado em pauta como uma reunião  pessoas teriam os melhores argumentos, e eu não iria discordar porque já cansei de defender o que não é preciso porque se fosse algo nem reunião precisaria ter. Mas tudo muda, infelizmente ou felizmente, ainda continuo a mesma, acho, mas já não sei mais escutar culpa , culpa, não tenho culpa da culpa que impõem. a lacuna em que eu não participei, do vínculo deve ser o culpado  sem querer ser porque ninguém sabe o que acontece na vida nos próximos segundos, mas não achei que isso de certa forma mudaria até valores antes criticados e hj vejo a atitude ou a mesma de sempre mas as que não são boas e muita incongruência , muita frase feita, muito clichê e o que vale e vejo quando consigo ver de alguma forma ou observar de algum modo é que ser o que não são é o que mais me surpreendeu e ainda surpreende, entendo as vezes, pelo fato de terem algo que justifique certas mudanças repentinas , outras não entendo, por ex: porque é preciso ou melhor sentar ali naquela cadeira de ouro com pessoas bonitas do que na cadeira de um barzinho considerado simples demais com pessoas pelo senso comum não tão bonitas? e quando o fazem sempre tem muita crítica e comparação? realmente, talvez eu não me inclua ou não consigo ver as coisas desse modo. Acho que isso é bom, e se acharem ou não, tanto faz, eu escrevi, se isso é real, e se essas palavras viraram um conto, ou uma narrativa meio fora de ordem também não sei, pra variar não rotulo nada. Rótulos são pra potes ou vidros em supermercado. Bi Murer.

...saudade de uma vida ha anos atrás que nem eu mesma sei, mas de tudo isso, queria minha saúde boa novamente.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O TAL SENTIMENTO.

O que eu gostaria que soubessem ou não, é que por mais que pareço fria, ou que sentimentos que todos veem expostos em gestos  pelas ruas da cidade, eu simplesmente devo senti-las de forma diferente, ou não sinta mesmo nada relacionado a isso. não sei se acredito ou se  não acredito mesmo, ou se já acreditei um dia que ao ouvir algumas palavras que viraram tão costumeiras ou simplesmente pra sustentar uma vida estável por medo de solidão ou insegurança, sejam sentimentos verdadeiros, confesso que sempre questiono ao ver casais ou qualquer coisa que me pareça forçado ou feito por algum interesse que não seja o sentimento real, aquele  que Shakespeare  falava, ou que Drummond falava, ou Vinicius  tbm, talvez seja alguma marca que ficou em mim, que me faça ter essa visão do tal amor exposto em tudo que é canto. não sei, acho bonito quando existe sinceridade, mas como saber se é sincero mesmo? como saber se  as pessoas estão ou não dando um tiro no escuro? é muita reflexão gera neurose ou realismo demais, talvez eu prefira e seja realista demais, não sei, um dia paro pra pensar nisso com calma e afinco. bi murer.



domingo, 29 de setembro de 2013

Algumas palavras!

Não fica tão longe daqui, se fica já não sei calcular as milhas  e milhas de uma distância  total, nunca fui boa em cálculos.
sempre em algum espaço em mim caberá aqueles anos. acho que não iria atrapalhar em nada, talvez fosse me ajudar. esclarecer tanta coisa que parei de perguntar, eu sei que tem algo faltando, mas eu não posso preencher. foi sim talvez a escolha que não fiz. mas aquela voz tão calma mas aflita ainda existe quando penso naquele tempo em  que só existia 2.poderia existir uma multidão mas eram 2.
tentei te segurar quando caía, consegui, mas quando houve a inquietação e entendo bem o porque, não pude falar pra não fazer ou não ir. era uma vida diferente e a minha impossibilidade não me permitiu ir também, fui sim pra longe.
existem algumas palavras : aprender, amar, amizade, ouvir, risada, distância, saudade. me, you, f. c.
bih murer
in your house

sábado, 29 de junho de 2013

MANUTENÇÃO!

Oi pessoas! estou aos poucos arrumando o blog que foi invadido e excluíram todas as imagens que tinham nele!, são muitas postagens e aos poucos vou arrumando! obrigada á todos que sempre passam por aqui pra ler  as maluquices de uma jovem velha de 30 anos  com seus escritos fora de órbita!


domingo, 21 de abril de 2013

calma!

eu não sei ser melhor do que sou
se eu sou guerreira como dizem
eu nao sei não viu
eu queria viajar o mundo todo
e achar um lugar calmo
cantar pro vento
e que o vento levasse as palavras da canção pra cada pessoa que marcou a minha vida
mas por enquanto me exponho em uma galeria de fotos solitárias
se falam que exagero, que seja, meu exagero é normal pra mim
mas um dia me exibo em uma galeria com compradores de alguma  foto coletiva.
se eu vou desistir?
não, não vou
pra desistir de mim
ah tem que haver um grito maior que esse silencioso que habita em mim
ele ainda não gritou.
existe um alarme  aqui dentro que não vai deixar o grito gritar.
enquanto isso calma.
fabiana murer

aquela velha saudade!

os momentos foram os mais realistas e imaginários
as risadas as  mais sem sentidos
amei, gostei, senti saudades
sinto
aquela velha saudade que se repete á cada dia
se eu pudesse escrever seu nome na areia iria impedir que o mar levasse embora
porque a distancia te levou e me levou
a incerteza se a felicidade está com vc me deixa sem chão
vc me fez ser uma tremenda de uma manteiga derretida
eu era dura na queda
não demonstrava sentimento
não sabia dar carinho

com vc aprendi
mas chegou uma onda e te levou
mas seu nome não
e seu nome é a sua amizade o que vivemos através dela
a falta de noticias me deixa mais sozinha
garota magrela, chata.
aquela velha saudade vc deixou.
me resta recordar e um dia acordar
 saudades, aquela velha saudade de que mesmo quando vc ia trabalhar na manha seguinte vc fazia questão de dormir em casa pra darmos risada e falava ja que vc nao dorme  me acorda hein!! e mal falava ja dormia.
tchau garota que gosta de rosa de 22 anos
da garota hoje com 30 anos que gosta de preto e branco.
bi murer


terça-feira, 16 de abril de 2013

30 anos!

Passou alguns dias desde o dia 7 de abril em que completei os tais 30 anos por algumas pessoas tão temido e assustador, ainda não senti nada diferente.
ultimamente também por causa da faculdade de psicologia que por ser tão bem falada  exige cada vez mais do aluno, suga a vida, as madrugadas são de estudos, pesquisas e aprendizados, tudo para que um dia eu e muitos possam ajudar alguém que vai precisar, e ficarei feliz em realizar esse sonho que está sendo dificil de seguir, a saúde complica á cada dia, meus sorrisos são raros, os naturais então rarissímos, sinto falta de uma amizade que me deixou marcas, que ensinou a ser mais humana, hoje raramente alguém me faz rir como essa pessoa fazia, é uma falta presente sempre em mim.
estou perto de amigos da época de colégio, raramente os vejo estava com saudades de dividir,  as risadas que são as melhores., obrigada por tudo!agradeço aos amigos por estarem presentes comigo, sempre em mim, entendendo meu modo maluco de levar a vida pra não lembrar de que tenho dores; nos 10 anos em que estive longe  mesmo nas frequentes visitas que fazia , o vínculo mudou, eles, elas, fizeram novas e boas amizades, pessoas divertidas,  ja eu não fiz , a unica amiga que tive nesses 10 anos longe foi e será sempre a amizade mais diferente que tive, mesmo quando não podia ela estava presente até a vida nos ir separando aos poucos. hoje aqui no meu lugar, fico cada vez mais sozinha, perdi 10 anos de atualização desses amigos que tanto amo, minha condição de saúde me limita e isso pode sim desagradar as pessoas que me cercam , se desagrada a mim porque não á eles?
enfim. sinto falta das risadas, das confissões, dos problemas, das soluções, das aventuras e descobertas, sinto falta da confiança daquela garota com olhar inocente e com a risada engraçada com o coração cheio de tudo.
Hoje aos 30 anos de idade com uma história de vida não tão animadora, mas como todo ser humano com altos e baixos, estou aqui, lutando á cada dia comigo mesma e tentando ser alguém que um dia faça diferença, e que se possível possa ser lembrada como uma verdadeira  amiga.
amores? ah o que são amores?
se eu tive, . completamente diferentes.
se isso interferiu ou ajudou em quem sou hoje, também.
sensibilidade? ah essa devo confessar que aumentou, talvez pela solidão mesmo quando estou em um lugar cheio o que é raro.
estranho quando vou na mesma sala 7 do hospital Unimed fazer bloqueio intravenoso e encontro lá pessoas que sofrem da mesma coisa que eu. pessoas de diferentes idades,  mais novos, mais velhos, meu antigo professor da oitava série que é um lutador.lá me sinto mesmo ruim bem talvez porque lá as pessoas sabem o que é ter algo tão ingrato , assim como nos grupos que participo de pessoas que tem o mesmo que eu cada um com sua intensidade, real porém tão julgado e invisível.
as vezes me sinto assim: sem reflexo.
convivo com novas pessoas que me perguntam : vc está melhor ? ahh! como isso ajuda! desconhecia esse tipo de pergunta, a não ser bobas brincadeiras quanto á minha doença e limitações, sim de amigos mesmo, entendo o modo deles, mas nao compreendo ainda porque é tão engraçado ou ainda seja pra eles dificil de acreditar no que tenho, acham aquilo que todos sentem , os que tem fibro, que é frescura, exagero, tudo bem, a minha realidade eu conheço e acho que já não aguento essas brincadeiras, e não me encaixo nos assuntos abordados, não que isso seja um problema pra mim, mas quando começa a te incomodar o fato de brincarem com algo sério e não respeitarem é um pouco desanimador...mas enfim...
aos 30 anos continuo com meus propósitos, e os sonhos, ah esses eu vou deixando enquanto o futuro que desconheço me apresente, é difícil fazer planos na incerteza da vida.
a fé me move
a esperança me move
Deus me move.
saudades de muitas coisas.
saudades de mim, de quem fui um dia que nem me lembro mais.
saudade de entrar em uma piscina.
saudades  dos dias em que eu pegava um livro antigo e lia e tudo era absorvido de forma vasta e rápida, hoje a fibromialgia me tirou isso, ha alguns anos. cada dia é uma luta. á cada prova, á cada pesquisa é uma luta com a minha mente limitada.
sou de poucas pessoas, ou nenhuma
fui de alguns poemas
ainda sou eu
eu ainda me pertenço
sou das dores
sou o grito calado
sou a lua que tem fases mas é  lua por definição.
sou eu Fabiana Policarpo Murer que ama fotografar, que ama e luta pra entender a psicologia, que ama quem provavelmente não a  ama  mais. se ama não sei mais.
saudades que estava em escrever aqui.
sou esse blog, esse blog é meu livro, esse livro sou eu.
Fabiana Murer. 



segunda-feira, 18 de março de 2013

PAIN AND ALL

DOR - CANSADA-FUGIR OU DESAPARECER
FIBROMIALGIA ME DEIXA
FALTA O AR
EXISTE A FÉ
FALTA FORÇA TENTANDO SER FORTE
SAUDADE DE MIM
SAUDADE DE SORRIR
SAUDADE DE AMIZADE PURA
FABIANA MURER.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Revelações

Há algum tempo tenho além da fibromialgia , porém acredito que devido  á ela, sofrido dos tais ataques de panico, nunca havia falado sobre isso, o controle absurdo que  temos que ter  é extratamente cansativo, ao ouvir meu professor em sua boa aula de behaviorismo falando de um caso especifico sobre ataque de panico fiquei meio arredia , mas concentrada escutando, e pensando porque nunca contei isso á ninguém a não ser para os médicos, alguns, porque ja passei por tantos que ja perdi a conta, foram tantos tratamentos e ainda faço tantos, sempre em busca de um alivio dessas dores cronicas e desses sintomas horríveis que tenho sem alivio nenhum, são 9 anos e meio sem saber o que não é sentir dor ou determinadas coisas, são anos  que se passam e  mais coisas vão aparecendo, a luta comigo mesma é de gigantes. as vezes me sinto tão baixinha que me canso e me entrego, sinto saudades de quem eu era quando tinha meus 15 anos, em relação a saúde porque em questão de me expressar era zero, a minha fala era nula. hoje mesmo com tantas coisas que ja levaram pessoas ao suicídio e a depressão, luto todos os dias e a cada segundo procurando sempre ser alguém, nesses anos em que fiquei parada em um lugar distante dos amigos  minha saúde me deixou parada e meus sonhos tbm. voltei a sonhar em 2012 e comecei a tão sonhada psicologia, um curso que me suga ,  que luto comigo pra cada dia enfrentar uma aula em uma faculdade tão puxada que as  vezes em momentos de crise penso que nao vou conseguir mais, ja perdi tanto com essa doença ingrata que 2% da população mundial tem, e que é tão julgada e deixada pra trás, foram tantos obstáculos e ainda temos muitos. uma doença que nao se ve mas se sente, uma doença física e que se não apoiada com suporte emocional  o fim da luta é esperado como infelizmente acontece. as vezes me canso de ouvir as pessoas dizerem mas vc tem que fazer isso e isso, mas nao sabem a luta que tenho em busca de tratamentos mesmo sabendo que nao tem cura, as pessoas não sabem o que é uma crise em que seus pais olham pra vc em estado de desespero e nao podem fazer nada e vc se sente a pior pessoa e mais inútil que existe na terra.  mais do que isso existe uma fé extrema, uma força de vontade por trás dos olhos tristes que teimam em dizer que tenho.
não me considero triste. apenas cansada disso tudo.
dizem que até os super herois se cansam.
porque eu não posso?
a música é a minha terapia dentre outras.
a fotografia me move, as vezes não posso me dedicar a ela, porque fisicamente não estou bem, mas ela me conduz junto com a musica e a psicologia um dia, me trará por completo um equilibrio.
o Direito que fiz aos 17 anos que meu pai queria nao funcionou, a vida é uma roda gigante e hoje quase aos 30 anos faço o que sempre almejei, com muita dificuldade e enfrentando a saude que me suga, mas um dia eu chego lá; acho que por hoje chega de revelações chatas. bi murer

domingo, 10 de fevereiro de 2013

A diversão do azul

trindade RJ
Tentei me divertir mas olhar os sorrisos é melhor do que a minha expressão inexistente de felicidade, eu tento por muitas vezes manter o sorriso.; mesmo ele não refletindo a tristeza por dentro.
há tempos vivo com as dores
há tempos vico com saudades diferentes
mas mesmo assim vejo os barcos azuis indo pelo mar azul e tentando buscar a vida para sobreviverem em um mundo que na maioria das vezes não compreendemos absolutamente nada. fabiana murer.